terça-feira, 15 de maio de 2007

Vizinhança

Um dia falei de cumplicidade...e vc riu de mim!
Não entendeu do que eu falava, talvez.

Passado um tempo, você quase concordou!

Ser cúmplice...

Não sei, mas eu realmente gosto de conversar com você,
mesmo que seja pouco, mesmo que seja às vezes,
mesmo que até nem seja, mas é bom encontrar
alguém que entende pelo menos um pouquinho do que queremos
falar, sem a necessidade de falar!

Vc tem uma xícará de açúcar?!

terça-feira, 8 de maio de 2007

Looping Egocêntrico em Busca do Verdadeiro Quem Somos...Hein?!?!?

Estou a tanto tempo procurando me encontrar, buscando em cada esquina, em cada rosto, em cada bar. Tentei me encontrar naquele encontro com o alheio, querendo ouvir do outro em que lugar ia me achar.

Eu já pensei morar no coração de outra pessoa, já me julguei mendigo, e meu teto era o luar. Já mendiguei amor, morri de fome de atenção. Já fui hooligan dos sentimentos,
e certamente parti, mesmo sem culpa,(mas para este assunto não existem excludentes de culpabilidade) algum outro coração. Já fui estelionatário da paixão, mas sei hoje que a torpeza sempre foi minha.

Fui sujeito passivo dos diversos crimes que cometi. Fui polícia, delegado, promotor, juiz, e me puni. Resignado com as grades que me cercavam chorei: me auto concedi o sursis.

(...)

Ah! Poder me encontrar de novo em frente a um espelho, e ver que não é apenas o meu olhar que está perdido, mas eu, completamente. Flutuo no éter, flutuo!

A falta de gravidade, tanto física quanto emocional me desprende do chão, e eu flutuo. Tenho aproveitado a liberdade que a ausência de peso me traz. Se eu tenho problemas de consciência quando ponho a cabeça no travesseiro? – Não...não tenho mais cabeça! Deixei no guarda-volumes da estação do Trem das 7, e parti.

Hei de voltar! Mas quando eu me encontrar em meu regresso, ainda procurando me encontrar, terei, talvez, composto alguns versos, e então, talvez, eu enfim deixe de procurar.