quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

faith

Não acredito em coisa alguma:

Cultuo o nada, o inverossímil,

A mentira, o truque e o invisível.

Tudo que não existe faz parte de mim.


Perco-me nesse mar de inexistência

E flutuo leniente e abstrato,

Alimentando minha alma no absurdo

Ignorando o tempo que não flui.


E assim vou permeando a inexistência

Real de um ser insosso e surreal

Perdido entre a loucura e o conforto,

Não distinguindo o mar do cais do porto!


Queria acreditar no espelho, e no papel;

Na imagem refletida, nas letras transcritas...

Mas nada existe em si: em si um fim!

Mas nada existe, enfim: um eu sem mim!