Estático
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Desinfinito
Estático
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Crise de Pânico
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Caminhos
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Página Virada
O Livro acabou.
Virei sua última página
e o deixei sobre a cadeira,
junto com os jornais antigos
dos quais eu nunca quis me desfazer.
Incrível, mas gastei mais tempo procurando
algo que me interessasse a leitura
do que efetivamente lendo todas essas coisas tolas...
e é justamente isso que me entristece:
Ter que me despedir do certo passado
e encarar o futuro
incerto.
Entristece-me esse fato, sim!
Mas não é tristeza covarde - não inteiramente! -
é antes tristeza de não se vá,
de não me deixe, de sentirei saudades suas!
Sim!
Não ignoro o fato das possibilidades
que uma despedida pode nos trazer,
mas é difícil se desprender do luto,
re-iluminar o rosto e seguir adiante,
levar consigo apenas os instantes,
as saudades, e o prazer
que Houve!
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Um
Escrevi um livro
E dele fiz minha bagagem.
Livro pequeno,
estilo pocket book.
Quem precisa de mais
mais que algumas páginas
não está a levar bagagem,
está de mudança.
Mas todas as páginas estão em branco,
e por mais que eu tente preenchê-las
elas insistem e permanecem brancas,
estupidamente brancas,
Inebriantemente claras, alvas; Brancas!!!
Quando estou sentado na beira do caminho
vendo quem passa e olhando para as nuvens
tenho vontade de escrever,
de desenhar tudo que sinto...
...E o faço, e refaço!
Mas meu coração resta em pedaços
na próxima parada
ao ver que tudo
que escrevi
por essa estrada
foi tatuado em mim,
e ninguém jamais poderá ler!
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
faith
Não acredito em coisa alguma:
Cultuo o nada, o inverossímil,
A mentira, o truque e o invisível.
Tudo que não existe faz parte de mim.
Perco-me nesse mar de inexistência
E flutuo leniente e abstrato,
Alimentando minha alma no absurdo
Ignorando o tempo que não flui.
E assim vou permeando a inexistência
Real de um ser insosso e surreal
Perdido entre a loucura e o conforto,
Não distinguindo o mar do cais do porto!
Queria acreditar no espelho, e no papel;
Na imagem refletida, nas letras transcritas...
Mas nada existe em si: em si um fim!
Mas nada existe, enfim: um eu sem mim!