domingo, 27 de junho de 2010

a vida imita a arte imita a vida imita a arte imita a vida imita a arte imita a vida

Abrem-se as cortinas
A luz me seduz
E o público aplaude o meu gran finale!

Fecham-se as cortinas
Apaga-se a luz
Procuro agora o meu caminho, tenho que partir.

Eu me acostumei ao palco
A essa sensação
Um misto de medo, ansiedade: emoção.

É esse, enfim, o combustível do meu coração!

Agora,
no centro do palco,
Perdido,
Sem meu texto para recitar,
Vestido com os trapos que a vida me legou
Eu canto forte e só
O meu penar!

No palco da vida tanta vezes atuei
Quantas vezes eu sorri,
Quantas vezes eu chorei...
Quantas vezes quase me perdi,
Mas não...
Eu suportei
vestido na armadura da ilusão:
Venci os meus moinhos, prosperei,
E sei que meu suor não foi em vão.

Então pode vir, eu não irei fugir
Vou te enfrentar
Olhando nos seus olhos eu vou te ensinar
A respeitar um verdadeiro lutador.

(essa foi entregue para irmão musicá-la...será que vai dar samba?)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

esboço...

Todo dia, ao me despedir de mim
Eu sinto frio e meu corpo naufragar;
Não adianta mais eu resistir ou relutar
A beleza não é escrita, é construída ao me apagar.

Não adianta resistir ou relutar
Vou me livrar desses livros, dos cadernos e do altar.
Minhas fotos vão pro lixo, minhas roupas vou queimar:
Eu quero o impossível, e do resto vou me desligar.

Ao ver a luz se acender, meu caminho se iluminar
O meu coração a bater em meu peito como a marchar...
Não sei se entende o que digo, nem se ao menos vai me escutar
Morrer-me em ti é nascer, nascer em ti é brilhar!

As curvas do seu corpo me alimentam,
Seus olhos me aquecem, seus seios me acalentam.
No seu perfume, eu encontrei o meu lugar.
O resto é fantasia, o resto é fantasia.

Me reencontrei com um outro eu, e encerrei o meu penar
Não sou mais eu ao seu lado, meu eu em outro lugar!
Refiz-me inteiro, e agora vou te contar
O fiz ao me implodir, e ao deixar você me remontar!