quarta-feira, 9 de junho de 2010

esboço...

Todo dia, ao me despedir de mim
Eu sinto frio e meu corpo naufragar;
Não adianta mais eu resistir ou relutar
A beleza não é escrita, é construída ao me apagar.

Não adianta resistir ou relutar
Vou me livrar desses livros, dos cadernos e do altar.
Minhas fotos vão pro lixo, minhas roupas vou queimar:
Eu quero o impossível, e do resto vou me desligar.

Ao ver a luz se acender, meu caminho se iluminar
O meu coração a bater em meu peito como a marchar...
Não sei se entende o que digo, nem se ao menos vai me escutar
Morrer-me em ti é nascer, nascer em ti é brilhar!

As curvas do seu corpo me alimentam,
Seus olhos me aquecem, seus seios me acalentam.
No seu perfume, eu encontrei o meu lugar.
O resto é fantasia, o resto é fantasia.

Me reencontrei com um outro eu, e encerrei o meu penar
Não sou mais eu ao seu lado, meu eu em outro lugar!
Refiz-me inteiro, e agora vou te contar
O fiz ao me implodir, e ao deixar você me remontar!

Um comentário:

uma louca disse...

Edu, querido!!!!!!

Que saudade... e que bom ver que você voltou pra cá!

Então acho que somos dois, porque também quero o impossível. E quero tanto! Ouso querê-lo, eu diria.

Só discordo de uma coisa, por motivos óbvios: a beleza TAMBÉM é escrita, sim.

Beijos saudosos! =*****