terça-feira, 8 de maio de 2007

Looping Egocêntrico em Busca do Verdadeiro Quem Somos...Hein?!?!?

Estou a tanto tempo procurando me encontrar, buscando em cada esquina, em cada rosto, em cada bar. Tentei me encontrar naquele encontro com o alheio, querendo ouvir do outro em que lugar ia me achar.

Eu já pensei morar no coração de outra pessoa, já me julguei mendigo, e meu teto era o luar. Já mendiguei amor, morri de fome de atenção. Já fui hooligan dos sentimentos,
e certamente parti, mesmo sem culpa,(mas para este assunto não existem excludentes de culpabilidade) algum outro coração. Já fui estelionatário da paixão, mas sei hoje que a torpeza sempre foi minha.

Fui sujeito passivo dos diversos crimes que cometi. Fui polícia, delegado, promotor, juiz, e me puni. Resignado com as grades que me cercavam chorei: me auto concedi o sursis.

(...)

Ah! Poder me encontrar de novo em frente a um espelho, e ver que não é apenas o meu olhar que está perdido, mas eu, completamente. Flutuo no éter, flutuo!

A falta de gravidade, tanto física quanto emocional me desprende do chão, e eu flutuo. Tenho aproveitado a liberdade que a ausência de peso me traz. Se eu tenho problemas de consciência quando ponho a cabeça no travesseiro? – Não...não tenho mais cabeça! Deixei no guarda-volumes da estação do Trem das 7, e parti.

Hei de voltar! Mas quando eu me encontrar em meu regresso, ainda procurando me encontrar, terei, talvez, composto alguns versos, e então, talvez, eu enfim deixe de procurar.

4 comentários:

"In vino veritas" disse...

Não gostei do que li quando entrei aqui:"Não foi feito nenhum comentário até agora."

(...)

Pronto, agora tem!

uma louca disse...

Bom, não há como suplantar a graciosidade do primeiro comentário... rs!

O fato é que esse novo lugar merece comemoração!!!!!!!!!!!!!!!! Enfim um vizinho...! Pode me pedir açúcar de vez em quando, ok?

Beijos! =*****

uma louca disse...

De resto, também já perdi as contas de quantas vezes tive meu coração partido e parti os de outras pessoas... mas há uma vantagem nisso tudo: com cada uma das vezes eu aprendi alguma coisa... e fiz milhões de versos novos.

"In vino veritas" disse...

A essência da coisa é essa: aprender, sempre.

Açucar? Com essa vizinha não há necessidade de açucar para adoçar a vida!

Bjo!